segunda-feira, 26 de outubro de 2015

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Fazendo a Sequência Rápida de Intubação

Como sempre falo, nossa realidade de recém-formado se resume na maioria das vezes em salas de emergência! Por isso, temos que estar sempre atualizados em relação aos procedimentos mais utilizados nesse ambiente. Dentre estes, a intubação orotraqueal é frequentemente requisitada sendo então, uma obrigação do médico emergencista estar informado sobre como realizá-la de forma correta. Para isso, o Medicina Nossa de Cada Dia traz um resumo sobre a sequência rápida de intubação! Boa leitura!

A sequência rápida de intubação (SRI) é considerada a melhor técnica para a intubação na salade emergência, necessitando de habilidade manual, conhecimentos farmacológicos de drogas hipnóticas, sedativas e relaxantes musculares.

Envolve 7 etapas, denominadas como “Os 7 Ps”!

1-      Preparação
2-      Pré-Oxigenação
3-      Pré-tratamento
4-      Paralisia com indução
5-      Posicionamento
6-      Posição com confirmação
7-      Pós-intubação

Na preparação devemos avaliar o paciente (doenças de base, estado hemodinâmico, acesso venoso e etc.) para determinar quais drogas serão usadas e determinar quais materiais serão usados no procedimento.
Pré-oxigenação não é sinônimo de ventilação!! Precisamos ofertar 100% de oxigênio por 3 minutos! Com isso, em apneia, conseguimos manter por volta de 8 minutos a SatO2 > 90%
O Pré-tratamento não é uma etapa obrigatória! O simples fato de realizar a laringoscopia pode haver um broncoespasmo reflexo e/ou um aumento da frequência cardíaca com vasoconstricção periférica. Por esses fatos, essa terceira etapa deve ser utilizada nos pacientes que apresentam comorbidades respiratórias, cerebrais (ex.: TCE) ou cardiovasculares (ABC -> Asma; Brain; Cardiovascular). Para o asma é usado a Lidocaína, Brain usa-se Lidocaína + Fentanil e o Cardiovascular usa-se Fentanil. Com isso, os efeitos pela laringoscopia são reduzidos.
A paralisia com indução é feita com um sedativo E um bloqueador neuromuscular. Como sedativo temos o Midazolam, Etomidato, Quetamina (Ketamina) e etc. Dentre os bloqueadores neuromusculares temos basicamente a Succinilcolina e o Rocurônio.
O Posicionamento, posição com confirmação e pós-intubação são as etapas que caracterizam a intubação propriamente dita. Devemos visualizar as cordas vocais e introduzir o tubo orotraqueal (fácil falar, né?). No fim, devemos confirmar se de fato houve sucesso no procedimento.
As principais complicações após a SRI são: intubação esofagiana NÃO RECONHECIDA e a intubação seletiva.

REFERÊNCIA: Emergências clínicas: abordagem prática / Herlon Saraiva Martins [et al.]. 8. ed. rev. e atual. -- Barueri, SP: Manole, 2015.

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Até a próxima, galera!

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