Como sempre
falo, nossa realidade de recém-formado se resume na maioria das vezes em salas de emergência! Por isso, temos que estar sempre atualizados em relação aos
procedimentos mais utilizados nesse ambiente. Dentre estes, a intubação
orotraqueal é frequentemente requisitada sendo então, uma obrigação do médico
emergencista estar informado sobre como realizá-la de forma correta. Para isso,
o Medicina Nossa de Cada Dia traz um resumo sobre a sequência rápida de
intubação! Boa leitura!
A sequência rápida de intubação (SRI) é considerada a melhor técnica para a intubação na salade emergência, necessitando de habilidade manual, conhecimentos farmacológicos
de drogas hipnóticas, sedativas e relaxantes musculares.
Envolve 7 etapas, denominadas
como “Os 7 Ps”!
1- Preparação
2- Pré-Oxigenação
3- Pré-tratamento
4- Paralisia
com indução
5- Posicionamento
6- Posição
com confirmação
7- Pós-intubação
Na preparação devemos avaliar o
paciente (doenças de base, estado hemodinâmico, acesso venoso e etc.) para determinar
quais drogas serão usadas e determinar quais materiais serão usados no
procedimento.
Pré-oxigenação não é sinônimo de
ventilação!! Precisamos ofertar 100% de oxigênio por 3 minutos! Com isso, em
apneia, conseguimos manter por volta de 8 minutos a SatO2 > 90%
O Pré-tratamento não é uma etapa
obrigatória! O simples fato de realizar a laringoscopia pode haver um broncoespasmo
reflexo e/ou um aumento da frequência cardíaca com vasoconstricção periférica.
Por esses fatos, essa terceira etapa deve ser utilizada nos pacientes que
apresentam comorbidades respiratórias, cerebrais (ex.: TCE) ou cardiovasculares
(ABC -> Asma; Brain; Cardiovascular). Para o asma é usado a Lidocaína, Brain
usa-se Lidocaína + Fentanil e o Cardiovascular usa-se Fentanil. Com isso, os
efeitos pela laringoscopia são reduzidos.
A paralisia com indução é feita
com um sedativo E um bloqueador neuromuscular. Como sedativo temos o Midazolam,
Etomidato, Quetamina (Ketamina) e etc. Dentre os bloqueadores neuromusculares
temos basicamente a Succinilcolina e o Rocurônio.
O Posicionamento, posição com
confirmação e pós-intubação são as etapas que caracterizam a intubação
propriamente dita. Devemos visualizar as cordas vocais e introduzir o tubo
orotraqueal (fácil falar, né?). No fim, devemos confirmar se de fato houve
sucesso no procedimento.
As principais complicações após a SRI são: intubação esofagiana NÃO RECONHECIDA e a intubação seletiva.
REFERÊNCIA: Emergências clínicas:
abordagem prática / Herlon Saraiva Martins [et al.]. 8. ed. rev. e atual. -- Barueri,
SP: Manole, 2015.
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Até a próxima, galera!
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