quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

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Estratificando o risco cardiovascular na dislipidemia

Mais um assunto extremamente comum na clínica médica! Dislipidemia apesar da alta frequência, não é tratado de forma igual pela maioria dos médicos. E isso é devido a dificuldade em classificar o paciente em qual grau de risco cardiovascular ele apresenta. Por isso, resumi a parte de estratificação de risco e as metas terapêuticas respectivas, da V diretriz brasileira de dislipidemia, para o paciente. 
As metas terapêuticas na dislipidemia dependem da estratificação de risco cardiovascular (RCV) do paciente em 10 anos (alto, intermediário ou baixo), sendo este avaliado em três etapas: (1) determinação da presença de doença aterosclerótica ou de seus equivalentes; (2) utilização dos escores de predição de risco; (3) reclassificação do risco predito pela presença de fatores agravantes.

           A primeira etapa é determinada se o paciente apresentar algum evento cardiovascular prévio ou atual, aterosclerose mesmo se apenas de forma subclínica, Diabetes melito tipo 1 ou 2, doença renal crônica e Hipercolesterolemia familiar. Qualquer um desses fatores presentes já o determina como de alto risco (não precisa fazer as outras etapas).
       A avaliação da segunda etapa é dependente de uma tabela que contém uma pontuação relacionada com cada sinal clínico que o paciente possa apresentar. No final, essa pontuação prediz o percentual de risco cardiovascular.
Tabela pontos X dados clínicos para a mulher:

Abaixo segue a tabela para a mulher com a pontuação e seu respectivo percentual de risco cardiovascular.

Tabela pontos X dados clínicos para o homem:

Abaixo segue a tabela para o homem com a pontuação e seu respectivo percentual de risco cardiovascular.

Os pacientes que apresentarem menos de 5% de risco cardiovascular são classificados como baixo risco (se história familiar de doença cardiovascular prematura reclassificar como intermediário). Em relação ao risco intermediário, para os homens se for de 5 a 20% e se mulheres de 5 a 10%. Risco aumentado para homens acima de 20% e mulheres acima de 10%.
A reclassificação do risco predito é feita em todos os pacientes que são classificados com risco intermediário. Se um desses indivíduos apresentar história familiar de doença arterial coronariana prematura, síndrome metabólica, qualquer lesão de órgão alvo e proteína C reativa de alta sensibilidade maior que 2 mg/L é reclassificado como alto risco.
FINALMENTE, após a classificação do RCV, a meta terapêutica pode ser determinada!! Se for um paciente de alto risco o LDL deve ser menor que 70 mg/dl e se risco intermediário menor que 100 mg/dl. A hipertrigliceridemia só será tratada se, maior que 500 mg/dl ou se for de 150 a 499 levando em consideração o RCV do paciente.

REFERÊNCIA: V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose Arq Bras Cardiol. 2013; 101(4Supl.1): 1-22

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Até a próxima, galera!
         

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