terça-feira, 22 de setembro de 2015

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Diferenciando as principais drogas vasoativas

Como muitos estão sabendo, temos um novo autor no Medicina Nossa de Cada Dia! +Hildo Neto ficará responsável pela coluna sobre Medicina Intensiva. Por isso, pensei em trazer algumas diferenças entre as drogas vasoativas mais usadas (ou às que caem mais em prova) no dia-a-dia. São informações pontuais e por isso, qualquer dúvida que surgir será muito bem vinda, nos comentários abaixo! Boa leitura!


Drogas vasoativas e seus MALDITOS receptores:

¾     Adrenalina atua tanto nos receptores ALFA quanto nos BETA, porém sua ação ALFA é maior em relação à noradrenalina.
¾     Noradrenalina atua mais nos receptores ALFA 1 e 2 e em BETA 1.
¾     Efedrina tem maior ação em BETA 2 (será que é uma boa escolha pra crise de broncoespasmo?!)
¾     Fenilefrina possui atividade predominantemente ALFA
¾     Isoproterenol possui atividade predominantemente BETA

Esse conhecimento sobre qual receptor os fármacos atuam, é muito bom, pois auxilia no entendimento dos seus efeitos produzidos. Vamos ver algumas indicações, contraindicações e efeitos adversos:
  • ·         Adrenalina

Uso terapêutico: Broncoespasmo, anafilaxia e em associação com anestésicos locais (diminuir o fluxo vascular).
Efeitos adversos: Inquietação, cefaleia pulsátil, tremor, palpitação, hemorragia cerebral e arritmias cardíacas.
Contra indicações: Anafilaxia, hemorragia cerebral grave e paciente que estiver em uso de bloqueadores BETA não seletivos.
  • ·         Noradrenalina

Uso terapêutico: crise hipotensiva
Efeitos adversos: Necrose de extremidades (evitar acesso periférico!!), Manter avaliação renal e do trato gastrointestinal pois há diminuição do fluxo sanguíneo para esses órgãos.
Contra indicações: Mesmos da adrenalina
  • ·         Dopamina

Uso terapêutico: Insuficiência cardíaca grave com oligúria e queda da resistência vascular periférica.
Efeitos adversos: Geralmente ocorrem por superdosagem e por isso, é fundamental avaliar a volemia do paciente! Há uma variedade na afinidade da dopamina pelos receptores D1 e BETA1.
  • ·         Dobutamina

Uso terapêutico: Pelo seu efeito inotrópico, é usado em descompensações cardíacas (ICC, IAM ou pós-cirúrgico). Geralmente em pacientes “Congesto e frio” (Alguém sabe o que é isso? Deixe em um comentário abaixo!).
Efeitos adversos: Taquicardia e hipertensão. Em pacientes que sofreram IAM, pode haver aumento da área infartada.

Para finalizar, deixo esta tabela retirada do Livro de Emergências Clínicas da USP:


REFERÊNCIAS: As Bases farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman A. Chabner, Bruce; Brunton, Laurence L., Ph.D.; C. Knollman, Bjõrn
                           Emergências clínicas : abordagem prática / Herlon Saraiva Martins...[et al.]. -- 8. ed. rev. e atual. -- Barueri, SP : Manole, 2013.

Esse é um tema que gera muita confusão na cabeça das pessoas, portanto espero ter melhorado alguma coisa para vocês! :) Qualquer dúvida, crítica ou sugestão é só deixar nos comentários abaixo.
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Até a próxima, galera!

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