domingo, 26 de abril de 2020

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Infecções de Pele no Idoso


Após anos sem fazer uma postagem, resolvi voltar e trazer um conteúdo diferente. Inicialmente, além de ter feito minha residência em Medicina de família, fiz uma pós graduação em geriatria e fiz outra em nutrologia. A partir daí, resolvi concentrar meus estudos nessa área e usar o blog como uma forma de me aproximar e, também, informar melhor meus pacientes. No entanto, como a internet é um ambiente livre, deixarei todo o conteúdo aberto para que qualquer pessoa consiga acessar. Afinal, o conhecimento é a maior munição que cada um de nós pode carregar.

Inaugurando, colocarei um artigo que escrevi baseado em recentes orientações sobre Infecções de pele no idoso.

  • Por que escolher esse tema? 


     Justamente pela sua frequência e pelo seu impacto, tanto para o idoso quanto para seus familiares. Pessoas com 65 anos ou mais, tem 50% de chance de apresentar uma doença de pele em comparação com um jovem. Se pensarmos em idosos que vivem em Instituições de Longa Permanência, as infecções de pele são a Terceira causa de febre, o que acarreta em uso excessivo de antióticos. Se olharmos para os Estados Unidos, as infecções de pele representaram 1,5% de todas as internações, em outras palavras, foi 10 vezes maior que as de pneumonia.

  •  Por que o idoso tem essa vulnerabilidade?

     Se pensarmos em cada estrutura do nosso corpo de forma isolada, veremos que cada uma envelhece de uma forma específica e em um tempo específico. O envelhecimento cutâneo é conhecido como um dos fatores principais para a predisposição às infecções de pele. Esse envelhecimento ocorre tanto pelo tempo em que vivemos, como também pela frequência de exposição ao sol.
     Durante esse processo, o fluxo de sangue para a pele diminui e também há uma menor capacidade em produzir colágeno. Esses fatores geram uma perda da capacidade elástica, função de barreira e de reparo da pele. Esse é um dos motivos que a pele do idoso não se mantem tão sedosa e acaba sendo mais frágil.

  • Como devemos lidar com essa realidade?

      Mais importante que tratar, é prevenir. Nesse caso, devemos focar em medidas que supram as carências que fazem o idoso ser mais vulnerável, como disse anteriormente. Sendo assim, é impreterível o uso de hidratante em peles que necessitem, hidratação adequada, boa higiene, calçados adequados e, muito importante, manter-se ativo. 
     Pensando no tratamento, é importante conter o motivo do surgimento da lesão, tratamento específio com medicamentos e, por fim, criar mecanismos para evitar novos episódios. Todos os dias contam e para o idoso, o peso de um dia é maior. Cada internação pode significar muito e por isso, quanto menos estadias em hospitais melhor.

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